A Regional de Saúde de Ubá contou, no mês de janeiro, com o intenso trabalho de mobilização e conscientização no Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase, celebrado no último dia 26/1.
A hanseníase coloca o Brasil em segundo lugar em número de casos, atrás apenas da Índia. Para reforçar a divulgação da campanha e informações sobre a doença, a Unidade Regional de Saúde de Ubá orientou aos municípios jurisdicionados a realizarem as ações de conscientização de formas alternativas (devido à pandemia da covid-19 ainda em vigor), produzindo publicações em sites, redes sociais, jornais e boletins. Além disso, uma ação especial local foi feita na sala de entrada da Regional, contendo panfletos com prevenção e cuidados relativos ao agravo da doença.
Considerada a enfermidade mais antiga da humanidade, a hanseníase é uma doença tropical negligenciada que, apesar de curável e tratável, ainda hoje, representa um problema de saúde pública no Brasil, como explica Priscila Teixeira, referência técnica em Hanseníase da regional de Ubá. “A hanseníase ficou ainda mais esquecida neste contexto da pandemia da Covid-19. É de extrema necessidade a disseminação de informações corretas porque, infelizmente, até os dias atuais, é um tema cercado de preconceitos”, explicou a referência. Ainda de acordo com Priscila, o estigma e a discriminação são obstáculos para o acesso ao diagnóstico precoce e ao tratamento da doença.
Como resultado da mobilização com as secretarias municipais de Saúde, está em fase de finalização o Plano Regional de Enfrentamento da Hanseníase para o ano de 2021. “O plano contará com ações para fortalecer o sistema de vigilância e informação; organizar a rede de atenção à saúde em hanseníase; construir processos de educação em saúde e mobilização social e organizar os processos de educação permanente interdisciplinar nos serviços”, completou Priscila.
Autor: Keila Lima