Para marcar a data do Dia Nacional de Combate ao Fumo (29/8), a Regional de Saúde de Leopoldina promoveu um webnário para discussão do tema, abordando diferentes enfoques no combate ao tabagismo, a discussão promoveu a troca de ideias e experiências sobre os diversos aspectos que correlacionam o tabagismo como um problema de saúde coletivo. As apresentações contaram com profissionais de diversas áreas como farmacêuticos, dentistas e psicólogas além das equipes de saúde dos 15 municípios abrangidos pela área de atuação da regional.
No primeiro dia do evento (27/8), foram discutidos o impacto do tabagismo e as principais ações de controle do tabagismo no Sistema Único de Saúde (SUS); o tabagismo e a atual pandemia; a importância do trabalho de grupo no programa de controle ao tabagismo e o enfoque nas estratégias psicológicas dentro desse processo. No segundo dia (28/8), formam debatidos como os fiscais sanitários podem contribuir no controle do tabagismo; o fluxo de acesso aos medicamentos no programa de controle do tabagismo e a influência do tabagismo na saúde bucal, com as doenças causadas pelo fumo.
O médico e referência no trabalho de controle ao tabagismo, Joseph Antônio Freire, fez um balanço das ações de combate ao tabagismo no país: “O Brasil é referência mundial no combate ao tabagismo e desenvolve ações por meio do Programa Nacional de Controle do Tabagismo. A restrição da disponibilidade do cigarro; controle do marketing e comercialização; atividades educativas nas escolas; atendimento na atenção primária à saúde, a profissionais da área e à população em geral; controle do consumo em locais públicos e de trabalho são algumas das ações que contribuíram para redução na prevalência do tabagismo no Brasil. Os resultados apontam para a eficácia das ações, mas o tabagismo ainda é um problema de saúde pública e precisa ser desnormatizado principalmente hoje, com o uso pelos jovens do Narguile e do Cigarro Eletrônico”, finalizou.
A coordenadora de Atenção à Saúde da Regional de Leopoldina, Maria do Carmo Costa Rezende, destaca a importância dos debates, mesmo com as dificuldades impostas pela pandemia. “Discutir o uso do tabaco, em tempos de pandemia, mostra a necessidade de falar da Promoção da Saúde como norteadora das ações da Atenção Primária à Saúde. A adoção do modelo onde as intervenções devam acontecer no trabalho com a população total, de um determinado território, é trabalhar a mudança do estilo de vida mesmo quando os encontros presenciais deixam de acontecer”, disse.
Entenda a data
O Dia Nacional de Combate ao Fumo (29/8) foi instituído pela Lei nº 7.488, de 11 de junho de 1986 e tem como objetivo reforçar as ações nacionais de sensibilização e mobilização da população brasileira para os danos sociais, políticos, econômicos e ambientais causados pelo tabaco. A campanha é uma oportunidade para aumentar a conscientização sobre os efeitos nocivos e mortais do uso do tabaco e da exposição ao fumo passivo, e para desencorajar o uso do tabaco sob qualquer forma.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, o tabagismo é a principal causa de morte evitável em todo o mundo, sendo responsável por 63% dos óbitos relacionados às doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). O tabagismo é responsável por 85% das mortes por doença pulmonar crônica (bronquite e enfisema), 30% por diversos tipos de câncer (pulmão, boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga, colo do útero, estômago e fígado), 25% por doença coronariana (angina e infarto) e 25% por doenças cerebrovasculares (acidente vascular cerebral – AVC).
Autor: Gustavo Santos Ribeiro