SES desapropria Hospital Siderúrgica

SES desapropria Hospital Siderúrgica

O secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Antônio Jorge de Souza Marques, anunciou, hoje, 22/12, a desapropriação do Hospital Siderúrgica, em Coronel Fabriciano, na região do Vale do Aço. A partir do próximo ano, o Hospital deve ser mantido pela Sociedade Beneficente São Camilo (SBSC), responsável pela gestão do Hospital de Timóteo.

De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Antônio Jorge, a medida foi necessária por causa dos problemas de gestão, que há muito tempo vinham prejudicando o atendimento hospitalar na região. “Nós estamos fazendo o nosso papel. Esse hospital vinha sendo incentivado há anos pelo Estado de Minas Gerais, através de programas e convênios. Inclusive, por ineficiência, ele acabou perdendo o Pro-Hosp (Programa de Fortalecimento e Melhoria da Qualidade dos Hospitais do SUS). Nós tivemos então que tomar uma atitude e pra ter uma mudança de gestão era preciso desapropriar o imóvel”, explica.

O governo pagará aos proprietários do imóvel a quantia de R$ 10.290.000,00, valor que será depositado em juízo, a fim de garantir o pagamento dos direitos trabalhistas dos ex-funcionários e demais credores do antigo hospital. “Não havendo acordo com a família proprietária do imóvel, haverá uma audiência judicial a fim de homologar a desapropriação, no dia 13 de janeiro. Temos uma expectativa muito grande de que a família concorde com o processo e com os valores ajustados pela perícia, porque queremos tomar posse imediata do imóvel para continuarmos com o processo de reabertura do Hospital”, completa o secretário.

Para o secretário de Gestão Metropolitana, Alexandre Silveira, essa medida vem comprovar a sensibilidade do Governo mineiro com o Vale do Aço. “Quando se deu o fechamento do hospital e surgiu a necessidade de resolver o problema de gestão do Hospital Siderúrgica, tivemos todo o apoio do governador Anastasia. Houve o reconhecimento de que na Região Metropolitana qualquer coisa que acontece em um dos municípios gera impacto em todos as outras cidades da região. Quero dizer que quando a saúde vai mal em Fabriciano, há um impacto direto nos outros hospitais regionais, o quem gera um caos na saúde” , afirma.    SES desapropria Hospital Siderúrgica

O presidente da Câmara de Vereadores do município de Coronel Fabriciano, Francisco Pereira Lemos, concorda que a desapropriação foi a melhor solução para o Hospital Siderúrgica. “Não foi o Estado o causador do fechamento do hospital, foi a má administração, o investimento menor do município na saúde pública, na atenção básica do município. Posso dizer que o estado foi o nosso salvador”, afirma.

Reabertura e novos atendimentos

Para possibilitar a reabertura do hospital com uma capacidade operacional superior a que havia anteriormente, o Estado vai disponibilizar, no total, cerca de R$12 milhões, entre indenização pela desapropriação do imóvel, obras de recuperação do prédio e compra de novos equipamentos. 

O primeiro setor que vai voltar a funcionar será o Pronto Atendimento, já com a adoção do protocolo de Manchester. Os serviços de pediatria, ortopedia e clínica geral também serão reativados, assim como a maternidade. “No prazo máximo de 60 dias após a reabertura, vamos ativar os 12 leitos de UTI, que embora sejam serviços essenciais para a região, estão lá montados há quase dois anos e nunca foram utilizados”, afirma o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Antônio Jorge de Souza Marques.

Toda reforma, reparos técnicos e intervenções serão coordenados pela fundação São Camilo. A expectativa da Superintendência Regional de Saúde de Coronel Fabriciano é que serão necessários 90 dias para o funcionamento pleno da unidade. Para o secretário, a divisão de tarefas com o hospital de Timóteo vai propiciar uma melhor harmonização dos serviços prestados num nível loco-regional e não só pra Coronel Fabriciano. “Se nós não estamos resolvendo todos os problemas do ponto de vista hospitalar, estamos dando um passo significativo no avanço para isso”, acredita.

Fechado desde julho deste ano, o Hospital Siderúrgica vai voltar a atender aproximadamente quatro mil pessoas por mês e a receber recursos da SES, por meio do Programa Estadual de Fortalecimento e Melhoria da Qualidade dos Hospitais do SUS/MG (Pro-Hosp).

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Autor: Silvâne Vieira


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