Basta que mãe e filho sobrevivam ao parto ou o nascimento deve se transformar em experiência agradável? Será que a prática excessiva de cesarianas terá impacto negativo na humanidade?
Essas são algumas questões levantadas no documentário “O Renascimento do Parto” (2013, 90 min), que estreia dia 9 em São Paulo, no Rio e em Brasília e, em setembro, integrará o 6º Los Angeles Brazilian Film Festival.
O documentário ouve médicos, obstetrizes, doulas e o Ministério da Saúde, numa espécie de manifesto em favor do parto humanizado –em casa ou no hospital. “Muita gente pensa que o filme quer fazer a dicotomia entre cesárea e parto normal. Mas é mais que isso, é mostrar o absurdo do índice de cesáreas e dizer que existe o parto humanizado”, diz Érica de Paula, acupunturista, doula e responsável pela produção e pelo roteiro do filme.
No filme –dirigido por Eduardo Chauvet, marido de Érica–, são apresentados malefícios das cesarianas marcadas por conveniência, como o risco da prematuridade, e as intervenções realizadas nos hospitais.
Por outro lado, o documentário destaca o sentimento de estreitamento de laços no parto humanizado. É quando, segundo o médico francês Michel Odent, os “hormônios do amor” da mãe passam melhor para o filho.
Texto extraído do Jornal Folha de São Paulo: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2013/07/1317876-documentario-brasileiro-questiona-adocao-indiscriminada-da-cesariana.shtml
Autor: Johanna Nublat – Folha de São Paulo