Nesta quarta-feira (13/05), os Núcleos de Vigilância em Saúde (Vigilância epidemiológica e sanitária), de Atenção Primária e Redes Assistenciais, de Regulação e a diretora regional de saúde de Itabira, Maria Aparecida de Oliveira, participaram de uma videoconferência coordenada pela Região Macro Centro, com outros profissionais de saúde do nível central da Secretaria de Estado de Saúde e da Regional de Sete Lagoas e Belo Horizonte para discutir as ações de controle da Síndrome Respiratória Aguada Grave (SRAG) e orientações técnicas referentes à pandemia do Covid-19 (coronavírus).
O encontro virtual, coordenado por Débora Tavares e destinado aos técnicos da gerência de Itabira e das superintendências de Belo Horizonte e Sete Lagoas, objetivou melhorar a qualificação das notificações nos sistemas de informação para os agravos do SRAG e novo coronavírus (Sars-Cov-2). Além disso, na ocasião também foi abordada a notificação atualizada dos dados registrados no sistema E-sus-VE, a necessidade de leitos clínicos e de Unidade de Terapia Intensiva(UTI) para a região e questões relacionadas ao Programa Minas Consciente.
Os técnicos da Regional abordaram as ações desenvolvidas na conteção dos casos e agravos até o momento. Em Itabira, Marcelo Barbosa Motta, da epidemiologia, e Tatiana Vieira, do núcleo de Redes Assistenciais e de Atenção Primária, apresentaram a situação da região de Itabira, as necessidades e as ações desenvolvidas até o momento para o contingenciamento dos agravos do Covid-19 e Síndrome Gripal.
Para a gerente de saúde de Itabira, Aparecida de Oliveira, a expectativa das videoconferênciasé que as reuniões virtuais possibilitema melhoria da qualidade e da divulgação das informações para toda a região de saúde, a ciência dosregistros corretos das notificações nos bancos de dados, e a promoção da assistência e diagnóstico à população frente à pandemia, oferecendo maior segurança para realização e definição de ações que impactem na melhoria daatenção ao paciente suspeito de ser portador do Sars-Cov-2 e SindromeRespiratória Aguda”, comentou.
Segundo a diretora de Itabira, “os dados divulgados garantem uma visão geral das necessidades operacionais da região em relação à tomada de decisões em torno do enfrentamento da pandemia e da Síndrome Gripal, no momento em que o inverno se aproxima e deve trazer consequentemente novos casos e novas internações. É necessário que toda a região conheça o quadro real de necessidades de leitos clínicos e de UTI à disposição dos municípios para que possa estabelecer fluxo de atendimento aos agravos de forma correta e segura para toda a população”, avaliou Aparecida.
Quanto à discussão sobre o Programa Minas Consciente, Aparecida de Oliveira informou que sua equipe está preparando ainda para esta semana uma discussão do programa com todos os atores envolvidos no processo de flexibilização do isolamento social, gestores municipais e de saúde, comerciantes, técnicos e profissionais de saúde para garantir que esta decisão seja tomada com responsabilidade. A abertura de alguns setores para a sociedade deve acontecer gradativamente, sem comprometer o risco de contaminação pelo COVID ou pela Síndrome Gripal. “Nossa decisão parte do princípio de que a população tem que estar protegida, consciente e atenta para que o coronavírus e/ou a síndrome gripal não coloquem todos em risco iminente. Temos que garantir saúde”, finalizou.
“Até o momento foram 3.733 casos confirmados dos quais 123 óbitos estão em investigação, com 549 óbitos descartados e 135 óbitos confirmados para COVID-19. Em Minas o total de casos suspeitos de doença pelo Coronavírus Covid-19 é de 101.572 sabendo-se que caso suspeito é todo indivíduo com quadro respiratório agudo, notificado pelo serviço de saúde com suspeita de infecção humana pelo SARS-COV-2 – doença causada pelo coronavírus Covid-19”, segundo Francisco Lemos, coordenador de vigilância epidemiológica, da Superintendência de Belo Horizonte.
Em relação à Síndrome Gripal, os dados registram um aumento de casos em relação a 2019, no mesmo período, com a notificação de 446 casos até a semana 19 (Fonte CIVEP-Gripe), que significa um aumento de 588% em relação ao ano anterior, registrando 33 óbitos por SRAG até o momento.
Tatiana Vieira observou que “os municípios têm se empenhado muito no trabalho de ampliar e criar novos leitos de UTI, uma iniciativa louvável para cobrir as necessidades desse vazio assistencial até então nunca pensado. A pandemia fez com que refletíssemos sobre as nossas necessidades, criando alternativas para melhorar as condições da assistência à população num esforço conjunto e solidário”, concluiu.
Autor: Darliéte Martins