

SRAG: quando os sintomas respiratórios pedem mais atenção
SRAG é a sigla para Síndrome Respiratória Aguda Grave. Não é uma doença específica, mas um conjunto de sintomas graves que afetam a respiração. Começa como uma gripe, mas piora rapidamente, exigindo cuidados urgentes. Pode ser causada por vírus (como gripe ou COVID-19) ou bactérias.
Aqui, você vai entender como se prevenir, quais são os sintomas mais preocupantes e quando procurar ajuda médica. Informação também é cuidado — e pode salvar vidas.
O QUE CAUSA A SRAG?
A SRAG pode ser provocada por diversos tipos de vírus e bactérias — os chamados agentes infecciosos. Os mais comuns são:
- Vírus da gripe (Influenza)
- Coronavírus, que causa a COVID-19
- Vírus Sincicial Respiratório (VSR), muito comum em bebês e crianças pequenas
- Outros vírus que também atacam o sistema respiratório
Em alguns casos, a SRAG pode ser causada por bactérias ou até por uma combinação desses microrganismos.
COMO A SRAG É TRANSMITIDA?
Os vírus e bactérias que causam a SRAG se espalham de maneira parecida com outras infecções respiratórias. Veja as principais formas de transmissão:
- Pelo ar, através de gotículas que saem quando uma pessoa doente tosse, espirra ou até fala
- Pelo contato com superfícies contaminadas, como maçanetas ou brinquedos, e depois levando a mão ao rosto (olhos, nariz ou boca)
- Pelo contato direto com pessoas doentes, como abraços, beijos ou apertos de mão

SINTOMAS E SINAIS DE ALERTA
A SRAG pode começar como uma gripe comum, mas os sintomas ficam mais fortes com o tempo. Fique atento aos sinais:
- Febre alta (mais de 38°C)
- Tosse
- Dificuldade para respirar
- Dor de garganta
- Dor no corpo e na cabeça
- Cansaço extremo
- Respiração acelerada

SINAIS DE ALERTA: QUANDO A SITUAÇÃO É GRAVE?
Alguns sinais mostram que a doença está se agravando. Nessas situações, não espere: procure atendimento médico imediatamente.
Em crianças (menores de 2 anos):
- Respiração acelerada ou com esforço
- Lábios ou rosto com tom arroxeado
- Não quer mamar ou comer
- Muito sonolenta ou irritada demais
- Febre que não melhora mesmo com remédio
- Costelas “afundando” ao respirar
- Falta de ar mesmo sem esforço
- Dor ou aperto no peito
- Confusão ou dificuldade para acordar
- Lábios ou rosto azulados
- Oxigenação baixa (saturação abaixo de 95%)

Grupos de risco:
Algumas pessoas têm mais chance de desenvolver formas graves da SRAG. Fique atento se alguém do seu convívio estiver nesses grupos:
- Crianças pequenas, especialmente bebês com menos de 2 anos
- Idosos (mais de 60 anos)
- Gestantes
- Pessoas com doenças crônicas (diabetes, doenças cardíacas, doenças pulmonares, imunossupressão)
QUANDO E ONDE BUSCAR ATENDIMENTO?
Saber o momento certo de buscar ajuda pode salvar vidas. Veja em quais situações você deve ir a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou a uma UPA/hospital.
Vá a um posto de saúde (UBS) se:
- Estiver com sintomas leves: febre, tosse, dor no corpo.
- Tiver dúvidas sobre a sua saúde.
- For do grupo de risco e tiver qualquer sintoma respiratório.
- Febre alta que não melhora.
- Dificuldade para respirar.
- Lábios ou rosto arroxeados.
- Criança com respiração rápida.
- Adulto com falta de ar mesmo em repouso

PREVENÇÃO
A melhor forma de evitar a SRAG é se cuidar no dia a dia! Veja algumas atitudes simples que fazem a diferença:
Vacine-se!
Vacinas salvam vidas. Elas são a melhor forma de se proteger contra doenças como a gripe e a COVID-19, que podem causar SRAG.
Higiene é fundamental:
- Lave as mãos várias vezes ao dia com água e sabão, por pelo menos 20 segundos.
- Use álcool em gel 70% se não puder lavar as mãos.
- Cubra boca e nariz com o braço (ou um lenço) ao tossir ou espirrar.
- Evite levar as mãos aos olhos, nariz e boca sem higienizá-las antes.
Ambientes limpos e arejados fazem diferença:
- Deixe janelas abertas sempre que possível.
- Limpe superfícies e objetos que muita gente usa (como celulares, maçanetas, brinquedos).
- Evite aglomerações, principalmente em lugares fechados.
- Fique longe de quem estiver com sintomas de gripe.
Atenção redobrada com quem é do grupo de risco (Crianças menores de 2 anos, idosos, gestantes e pessoas com doenças crônicas):
- Não deixe crianças pequenas em contato com pessoas com sintomas respiratórios.
- Idosos e pessoas com doenças crônicas devem evitar locais com aglomeração em épocas de surtos.
- Mantenha a caderneta de vacinação em dia.
Está com sintomas? Cuide de você e dos outros:
- Fique em casa, evite sair.
- Use máscara ao se aproximar de alguém.
- Não divida copos, talheres ou toalhas.
- Beba água, descanse e procure ajuda se piorar.

VACINAÇÃO
Se proteger com vacinas é o jeito mais seguro e eficaz de evitar doenças respiratórias que podem levar à SRAG, como gripe e COVID-19. Veja algumas vacinas disponíveis nos postos de saúde:
Gripe (Influenza):
- Protege contra os principais vírus da gripe
- Indicada para todas as pessoas a partir dos 6 meses de idade
- Prioridade para crianças pequenas, gestantes, idosos e pessoas com doenças crônicas
COVID-19:
- Evita as formas graves da doença
- Siga as doses e reforços recomendados pelo Ministério da Saúde
Outras vacinas que também ajudam a prevenir complicações respiratórias:
- Pneumocócica (contra pneumonia)
- Pentavalente (protege contra coqueluche, entre outras)
- Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)
- DTP e dTpa (protegem contra coqueluche)
Onde se vacinar:
As vacinas estão disponíveis gratuitamente nos Postos de Saúde (Unidades Básicas de Saúde) de todo o estado. Consulte, no posto mais próximo de você, a disponibilidade e o calendário de vacinação de seu município. Não esqueça do cartão de vacinação!
E O QUE O GOVERNO DE MINAS ESTÁ FAZENDO?
PERGUNTAS FREQUENTES
Quais sinais de alerta indicam que devo levar meu filho ao hospital imediatamente?
Leve seu filho imediatamente ao hospital se ele apresentar: dificuldade para respirar (respiração rápida, afundamento das costelas, batimento das asas do nariz), lábios ou rosto azulados, recusa persistente de líquidos ou alimentos, sonolência excessiva, irritabilidade extrema, febre alta persistente (acima de 39°C) ou piora rápida do estado geral.
Quais são os primeiros sinais de alerta de SRAG em idosos?
Além de febre e tosse, fique atento a: confusão mental súbita, sonolência excessiva, perda de apetite, tontura, quedas, piora de doenças crônicas e dificuldade respiratória — mesmo que leve. Os sinais podem ser diferentes dos observados em adultos jovens.
Como proteger minha família durante o período de maior circulação de vírus respiratórios?
Lave as mãos com frequência, use álcool em gel, evite tocar o rosto, mantenha ambientes ventilados, evite aglomerações, use máscara ao apresentar sintomas ou em locais fechados, e mantenha a vacinação em dia (gripe e COVID-19).
Quando devo procurar uma UBS e quando devo ir diretamente a uma emergência?
Procure a UBS para sintomas leves a moderados (febre, tosse, dor de garganta). Vá direto à emergência se houver: falta de ar, lábios azulados, dor no peito, confusão mental, febre persistente ou piora rápida.
Meu bebê está mais irritado e recusa alimentação. Pode ser SRAG?
Sim. Bebês podem apresentar irritabilidade, recusa para mamar, sonolência fora do normal e febre — sinais que exigem avaliação médica imediata, pois podem indicar um quadro grave como SRAG.
Posso me vacinar contra gripe ou Covid se estiver doente?
Sim, se os sintomas forem leves. Em caso de febre ou infecção mais grave, adie a vacinação até a recuperação completa. Na dúvida, procure a UBS.
Quais alimentos ajudam a fortalecer o sistema imunológico contra doenças respiratórias?
Alimentação equilibrada com frutas, verduras, legumes, grãos integrais e proteínas magras é essencial. Nutrientes como Vitamina C, D e Zinco fortalecem a imunidade. Mantenha boa hidratação.
Quais vacinas do SUS ajudam a prevenir a SRAG?
As vacinas contra gripe (Influenza), Covid-19 e pneumocócica são fundamentais. Elas reduzem o risco de infecções graves que podem evoluir para SRAG.
Como lidar com crianças que dividem o mesmo ambiente quando uma está com sintomas?
Isolar a criança doente se possível. Reforce a higiene das mãos, ventile os ambientes, evite compartilhamento de brinquedos/utensílios e use máscara (acima de 2 anos, se tolerar).
Vi na internet que a vacina muda o DNA. Isso é verdade?
Não! Isso é fake news. Nenhuma vacina altera o DNA. Todas são seguras, testadas e aprovadas por autoridades sanitárias. Elas ensinam o corpo a se defender, protegendo a saúde individual e coletiva.
MATERIAIS INFORMATIVOS
MATERIAL EDUCATIVO DA COMUNICAÇÃO
Disponibilizamos gratuitamente para download um folder educativo sobre SRAG. Este material pode ser impresso e distribuído em escolas, empresas, unidades de saúde e nas comunidades.
MATERIAIS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
- Cartilha: O papel do agente comunitário de saúde no enfrentamento das infecções respiratórias
- Nota técnica: Recomendações relativas à imunização para prevenção de síndromes respiratórias agudas graves (SRAG)
- Nota técnica: A vacinação como atribuição da atenção primária à saúde (APS)
- Guia prático: Busca ativa de vacinação na atenção primária à saúde
- Cartilha de boas práticas: Boas práticas no enfrentamento das afecções respiratórias no âmbito da APS
- Cartilha informativa: Diagnóstico diferencial – dengue x zika x chikungunya x covid‑19
- Cartilha informativa: Hepatites virais na APS – o que você precisa saber do conceito ao tratamento
- Cartilha informativa: Hidratação oral no manejo da dengue
- Nota técnica: Organização das unidades de atenção primária à saúde no processo assistencial das síndromes gripais – 2024
- Nota técnica: Orientações sobre a organização dos serviços e abertura de sala ou unidade de hidratação venosa em situação de aumento de casos ou epidemia de arboviroses em Minas Gerais
- Nota técnica: Orientações sobre o fluxo assistencial da atenção primária à saúde para a síndrome pós-covid em Minas Gerais
- Procedimentos operacionais padrão: Sala de vacina
- Vacinômetro APS
PAINÉIS
CONEXÃO VIRAL
Conexão Viral é uma iniciativa da SES-MG que oferece uma série de webinários gratuitos e interativos, voltados à capacitação contínua dos trabalhadores e profissionais de saúde que atuam na linha de frente contra doenças respiratórias agudas como Síndrome Gripal (SG), Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), sarampo e outros agravos de importância epidemiológica.