Atualização de casos de Febre Maculosa

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A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) divulga a atualização dos novos casos de Febre Maculosa Brasileira (FMB) no estado:

Em 2016 foram confirmados, até o momento, 13 casos da doença. Municípios onde ocorreram os casos em 2016: Tombos (1), Divinópolis (4), Chiador (1), Belo Horizonte (2), Antônio Dias (1), Senador Modestino Gonçalves (1), Mathias Barbosa (2) e Carangola (1).

Entre esses casos, 4 evoluíram para óbito: Divinópolis (2), Belo Horizonte (1) e Antônio Dias (1).

febre maculosa é uma doença é causada pela bactéria Rickettsia rickettsii, transmitida pela picada de carrapatos infectados (principalmente carrapatos da espécie Amblyomma sculptum, popularmente conhecidos como carrapato-estrela) ao homem. Alguns animais (bois, cavalos, capivaras e outros) participam do ciclo de transmissão da doença, aumentando a disponibilidade da bactéria para os carrapatos que se alimentam deles.

Casos de FMB são registrados desde a década de 1930 em Minas Gerais.

Tabela detalhada

 

Sintomas

  • Nos estágios iniciais, os sintomas da doença incluem febre, em geral alta, dor de cabeça, dores musculares intensas, mal estar generalizados, náuseas e vômitos.
  • Como os sintomas podem ser facilmente confundidos com o de outras doenças, é fundamental que, diante dos primeiros sinais, o paciente procure imediatamente o serviço de saúde e relate ao profissional médico que esteve em áreas propícias para a presença de carrapatos.
  • Casos de FMB ocorrem em maior frequência no período de Abril a Novembro, onde há predomínio das formas de larva e ninfa do carrapato, que são menores e mais difíceis de serem visualizada no corpo.

Principais cuidados para se evitar a febre maculosa

Ao frequentar áreas propícias para a presença de carrapatos (áreas rurais, matas, cachoeiras, pasto sujo, áreas com presença de animais domésticos ou silvestres, parques, beira de rios e lagoas), devem ser tomados os seguintes cuidados:

– Utilizar repelentes à base da substância Icaridina, que são eficazes na prevenção de picadas por carrapatos;

– Utilizar vestimentas longas e de cor clara, que permitem a fácil visualização dos carrapatos, além de calçados fechados e de cano longo são bastante importantes;

– Evitar sentar ou deitar em gramados nas atividades de lazer, como caminhadas, piqueniques ou pescarias;

– Examinar o corpo com frequência, tendo em vista que quanto mais rápido os carrapatos forem retirados, menor a chance de infecção;

– Se verificada a presença de carrapatos, retirá-los com leves torções e evitando o esmagamento de seu corpo com as unhas (já que pode haver contato com a bactéria presente no animal dessa maneira);

– Utilizar equipamentos de proteção individual (EPI’s) nas atividades desenvolvidas em ambientes propícios para a presença de carrapatos (macacões de manga comprida, meias e botas de cor clara);

– Manter pastos, lotes e áreas públicas sempre limpas, para evitar a proliferação de carrapatos;

– Utilizar carrapaticidas periodicamente em cães, cavalos e bois, conforme recomendações do profissional médico veterinário.

Ações do Estado

No que se refere às ações do Estado, o Programa de Vigilância da Febre Maculosa Brasileira é implantado em âmbito Estadual e Nacional. Dessa forma, as atividades de vigilância, prevenção, controle, por ele recomendadas são desenvolvidas e realizadas diante da suspeita ou confirmação de casos da doença, de forma contínua em todo estado de Minas Gerais. 

Dentre as ações do Programa, estão:

  • Orientações para o controle do carrapato, conforme a situação epidemiológica de cada caso.
  • Realização, em caráter complementar, de ações de investigação epidemiológica de casos de FMB. 
  • Disponibilização de medicamento utilizado para o tratamento da FMB (é disponibilizado o medicamento cloranfenicol, na forma de suspensão).
  • Atividades de campo relacionadas à caracterização de ambientes onde indivíduos se infectaram. Nessas áreas, a vigilância ecoepidemiológica é realizada por uma equipe capacitada, que realiza coletas de carrapatos, estes são identificados (quanto ao gênero e espécie) e submetidos a teste moleculares para a verificação da presença de material genético da bactéria responsável pela FMB (Rickettsia riquettsii); Assim há uma caraterização inicial do risco no Local Provável de Infecção do caso.
  • Treinamento e capacitações para as atividades de campo na esfera municipal;
  • Capacitações técnicas para profissionais da saúde; 
  • Produção de material educativo; 
  • Monitoramento, avaliação e divulgação de dados sobre a FMB;
  • Diante de qualquer caso ou óbito ocorrido no estado de Minas Gerais, além de todas as ações já descritas, estas são implementadas, principalmente após a identificação do Local Provável de Infecção. 
  • Ressaltamos, ainda, que as ações do Programa, conforme já descrito, são em conformidade com o preconizado pelo Ministério da Saúde.

Autor: Jornalismo SES-MG

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