Comitê de Urgência e Emergência do Norte de Minas avalia novos investimentos no Samu

Crédito: Pedro Ricardo

A rede de urgência e emergência do Norte de Minas receberá, na próxima sexta-feira (19/05), 15 novos veículos que vão compor a frota do Samu Macro Norte. As novas ambulâncias vão se juntar a outros quatro veículos já repassados pelo Ministério da Saúde ao Samu Macro Norte. A rede conta com a perspectiva de ainda em 2017 passar a contar com serviço aeromédico, voltado ao transporte de vítimas de acidentes de trânsito e de pacientes em situação grave de saúde.

A avaliação dos novos investimentos foi destaque na reunião do Comitê de Urgência e Emergência do Norte de Minas, que foi realizada nesta quinta-feira, 11/05, no auditório do Hospital Universitário Clemente de Faria envolvendo a participação de representantes de hospitais, do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems), da Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros e das gerências regionais de saúde de Januária e Pirapora.

Durante o encontro, a diretora do Consórcio Intermunicipal de Urgência e Emergência do Norte de Minas (Cisrun), Kely Cristina de Moura Lacerda destacou a importância da união de esforços das lideranças de saúde do Norte de Minas com as demais instituições representativas da região no sentido de reforçar, junto ao Governo do Estado, a importância de implantar o serviço aeromédico na região que possui a maior extensão territorial do Estado. Atualmente o transporte de pacientes em situação de saúde grave é feito de forma cooperada pelo Samu com a Polícia Militar.

A aquisição de dois helicópteros foi iniciada no ano passado pelo Governo do Estado dentro da estratégia definida pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) de dotar os territórios regionais do Norte de Minas e Leste do Estado de melhor estrutura para atendimento de casos de urgência e emergência.

Ao apresentar relatório de gestão do Serviço Móvel de Urgência nos anos de 2015 e 2016, Kely Lacerda salientou que o Cisrun gasta, por ano, mais de R$ 1 milhão com a manutenção e conserto de veículos que percorrem longas distâncias em estradas que, em sua maioria, estão em condições precárias de manutenção.

A diretora entende que, devido às peculiaridades da região, o Ministério da Saúde precisa rever os critérios de aquisição de ambulâncias para o Samu, destinando para alguns municípios do Norte de Minas veículos que tenham condições de trafegar em locais de difícil acesso. Além disso, devido à rápida depreciação dos veículos o Ministério da Saúde precisa reduzir o tempo de renovação da frota do Samu que atualmente é de cinco anos.

Atendimentos

Em 2015, o Samu realizou mais de 47 mil atendimentos no Norte de Minas, sendo mais de 10 mil ocorrências envolvendo acidentes de trânsito. Já em 2016 foram realizados 44. 692 atendimentos, média de 123 ocorrências por dia. Além disso, mensalmente o Samu realiza uma média de 300 transferências de pacientes entre municípios, para acesso a atendimentos médicos especializados e de alta complexidade.

Nesse contexto a diretora do Samu defende a necessidade da região rever a estruturação da rede de urgência e emergência do Norte de Minas, o que a partir deste mês será objeto de diagnóstico proposto pela Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros.

Com a implantação do serviço aeromédico, que deverá ser viabilizada por meio de parceria do Samu com o Corpo de Bombeiros, Kely Lacerda entende que a iniciativa viabilizará o atendimento mais rápido de pacientes em situação de urgência e emergência, numa região que possui grande extensão territorial.

O superintendente regional de saúde de Montes Claros, Maquieden Durães Viriato e o presidente do Cosems no Norte de Minas e secretário de saúde de Pirapora, Sinval Alves, destacam a importância da união de esforços das lideranças do Norte de Minas no sentido de procurar o encaminhamento de soluções para os problemas da área de saúde. Sinval Alves entende que os próprios secretários municipais de saúde precisam sensibilizar os prefeitos a participarem das reuniões que debatem os problemas de saúde da região a fim de que eles tomem conhecimento da realidade e contribuam na busca de soluções.

Autor: Pedro Ricardo

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