O auditório da Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP-MG) foi o espaço escolhido para a abertura do curso de especialização em Gestão da Vigilância Sanitária, oferecido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em parceria com o Instituto de Educação e Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês. Nesta terça-feira (25), os cerca de 50 alunos da região metropolitana de Belo Horizonte iniciaram as atividades, que também serão realizadas em Curitiba(PR), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF) e Recife (PE).
Segundo Luiz Armando Erthal, diretor adjunto da Agência, a ideia é pensar uma nova forma de fazer a vigilância sanitária no Brasil. “A vigilância tem se voltado principalmente para as áreas de regulação e inspeção. Queremos propor uma nova forma, baseada na análise de riscos, dos determinantes sociais da saúde, da situação vivida em cada território, e com isso reorganizar o processo de trabalho da vigilância”, explicou o diretor na manhã de hoje. A superintendente de Pesquisa da ESP-MG, Marilene Barros de Melo, acolheu os especializandos e facilitadores e parabenizou a parceria entre a Anvisa e o Hospital Sírio-Libanês. “A ESP-MG tem a honra de receber essa estratégia de aproximação entre a produção do conhecimento e os serviços de saúde”, afirmou Marilene.
A Anvisa busca também uma aproximação com as Escolas de Saúde Pública. De acordo com Daniela Guimarães de Araújo, chefe do Núcleo de Educação, Pesquisa e Conhecimento da Agência, o papel da ESP-MG, além de oferecer a infraestrutura para o evento, é ser um espaço para o debate da vigilância. “É importante que as escolas formadoras para o SUS tenham essa abertura. O objetivo, com esse curso inédito, é aproximar os autores, os facilitadores, os representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), a própria Anvisa, institutos de pesquisa e a equipe do Sírio Libanês”, explica Daniela.
De acordo com chefe do Núcleo, a iniciativa deve alcançar em breve outras regiões do país, contribuindo para um processo de renovação da gestão em vigilância sanitária – mais contextualizada, baseada nos riscos das localidades, com um processo mais dinâmico e fortalecedor das ações. Participam do curso de especialização, que tem carga horária 80% presencial e 20% a distância, técnicos e gestores de vigilância de municípios, estados e Anvisa. A iniciativa, realizada pela primeira vez, faz parte do Projeto de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS, que prevê parcerias entre o Ministério da Saúde e hospitais de excelência.
Metodologia
A metodologia do curso tem base na construção do conhecimento – há número reduzido de aulas expositivas e cada grupo de dez alunos realiza estudos de caso e situações-problema com os facilitadores, repensando os fatores de acordo com a realidade vivida pelo participante. Segundo Maria da Consolação Magalhães Cunha, gestora de aprendizagem do curso, essa experiência significa convivência mais próxima entre os parceiros, com um método diferente do tradicional. “Isso permite a construção do conhecimento por meio de elementos provocadores e a apresentação, pelos alunos, de uma produção própria ao final das aulas”, explicou a sanitarista. As atividades serão realizadas ao longo de nove meses.
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Autor: Comunicação ESP-MG