A Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG), por meio do Programa Mães de Minas, destinará cerca de R$ 3,7 milhões de reais para a expansão das Casas de Apóio às Gestantes de alto risco e à puérpera ( mulher que acabou de dar a luz) em Minas Gerais. Construídas a partir de 2007, atualmente o Estado possui sete casas. A previsão é que sejam implantadas mais 20 ainda este ano e, até 2014, essas casas cheguem a 59.
Segundo Rita Ana da Silva Lima, Diretora de Redes Assistenciais, os principais motivos que levam as gestantes de alto risco a se instalarem em uma casa de apóio se dão em decorrência de problemas de hipertensão grave, diabetes de difícil estabilização, nefropatias (doenças do rim), ruptura uterina anterior e risco de parto prematuro.
“A Casa de Apoio à Gestante e a puérpera tem muitas vantagens, uma vez que hospedam as grávidas que necessitam de cuidados especiais, mas que não precisam ficar internadas no hospital. A casa permite que estas mulheres recebam um acompanhamento adequado e, quando necessário, sejam encaminhadas ao hospital de referência, onde ela realizará o parto. Já para as puérperas, contribuem para que as mães fiquem mais próximas dos seus bebês, que, por algum motivo ainda não receberam alta hospitalar. Isto visa facilitar o vínculo entre mãe e filho. Antigamente, quando os recém-nascidos precisavam ficar internados nas UTIS, as mulheres não podiam ter contato com os filhos e, quando eles recebiam alta, muitas acabavam tendo receio de levá-los para casa e não conseguir cuidar adequadamente. Para muitas mulheres, estas crianças acabavam se tornando um desconhecido”, explica Rita Ana.
As Casas de Apóio à Gestante estão vinculadas aos hospitais de referência em atendimento às gestantes de alto risco e se localizam em suas proximidades. Elas dispõem de dormitórios, banheiros, cozinha, área de lazer e, ainda, contam com espaço destinado à realização de consultas, exames clínicos e coleta de material para diagnóstico. Sua equipe é composta por médico obstetra, pertencente à equipe do hospital, que faz visita diária; um enfermeiro coordenador, ligado à equipe do hospital; assistente social e técnicos de enfermagem, que permanecem em plantão 24 horas.
Como não se trata de um hospital, o local fica aberto para que as hóspedes possam receber visitas de familiares e amigos sempre que desejarem.
Atualmente, os hospitais que contam com as Casas de Apoio à Gestante em MG são:
Instituição |
Município |
Inauguração da Casa de Apóio à Gestante |
|
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Hospital Sofia Feldman |
Belo Horizonte |
2007 |
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Hospital Regional Antônio Dias |
Patos de Minas |
2008 |
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Maternidade Odete Valadares |
Belo Horizonte |
2008 |
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Hospital Júlia Kubitschek |
Belo Horizonte |
2008 |
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Hospital João Penido |
Juiz de Fora |
2009 |
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Santa Casa de Misericórdia |
Barbacena |
2009 |
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Hospital Regional Sul de Minas |
Varginha |
2011 |
Mães de Minas
Lançado pelo governador Antônio Anastasia, em 09 de agosto, o Programa Mães de Minas tem como objetivo principal a redução da mortalidade infantil e materna em Minas Gerais. Para isso, o Estado implantou várias ações de saúde como a criação de um Call Center (155), ferramenta utilizada para monitorar e identificar 100% das gestantes e crianças menores de um ano permitindo, assim, uma maior interlocução das famílias com os serviços de saúde; Mobilização e Comunicação Social, com o estabelecimento de parcerias com órgãos governamentais e instituições do terceiro setor, entre outras.
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Autor: Fernanda Toussaint