O Centro de Pesquisas René Rachou/Fiocruz, por meio da coordenação da iniciação científica realiza até esta sexta-feira (7), em parceria com a Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP-MG), a 19ª edição da Reunião Anual de Iniciação Científica e a 6ª Jornada do Programa de Vocação Científica do Centro de Pesquisa René Rachou. A abertura aconteceu no auditório da Escola, no dia 4 de outubro, com a presença do diretor Damião Mendonça Vieira, a pesquisadora da Fiocruz, Dra. Liléia Gonçalves, e o professor da Universidade Federal de Minas Gerais (Ufmg), Ângelo Machado. O objetivo é apresentar os resultados dos projetos desenvolvidos no período de 2010/2011 pelos bolsistas de iniciação científica (Provic) e do programa de vocação científica (Provoc) para análise e discussão com a comunidade do CPqRR.
Para o diretor-geral da ESP-MG, Damião Mendonça Vieira, a Escola valoriza muito a pesquisa, a ciência e a educação dos jovens e o evento ajuda a consolidar a parceria com a Fiocruz Minas. A pesquisadora Liléia confirma a expectativa. “É o primeiro evento desse tipo realizado em conjunto. Isso é muito importante, porque a ESP-MG também potencializa a capacitação de pessoas para esse país que tanto precisa. A Fiocruz também tem como missão trabalhar em prol da saúde da população brasileira e cada pesquisa é uma oportunidade a mais de reforçar os nossos princípios éticos e políticos. O conhecimento desenvolvido aqui significa aprendizado na área de saúde e biologia”, disse ela na abertura.
O professor Ângelo Machado, médico, ambientalista, autor de livros didáticos, pesquisador e escritor de diversos livros infantis e peças teatrais, dialogou com o público sobre os problemas de relacionamento, principalmente das crianças, com a natureza. “O princípio básico é: quem gosta, protege. Portanto, tem que aprender a gostar e, para isso, é preciso conhecer, e esse é um grande problema. O isolamento da cidade leva, às vezes, a uma noção do utilitarismo exagerado, isto é, qualquer coisa da natureza serve para alguma coisa do homem. A sala de aula deve motivar ações fora de sala de aula, todo mundo tem que lutar pelo meio ambiente sadio e ecologicamente equilibrado. Uma grande cidade deve aliar-se a uma natureza equilibrada, para que a criança saiba diferenciar o que está equilibrado ou não”, explica o professor.
Sarah Giarola da Silva, 23 anos, estudante do 6º período de biomedicina do Instituto Metodista Izabela Hendrix, vem apresentando trabalhos em congressos desde o início do seu projeto, e de acordo com ela, isso traz mérito e reconhecimento para a sua pesquisa, cujo tema é a mortalidade em doença de Chagas. “Apresentar um trabalho e participar de encontros é transportar-se para um mundo de conhecimento. A expectativa de falar sobre o que estudamos é o reconhecimento por um ano de trabalho”, explica. O trabalho apresentado pela estudante avaliou primeiramente a mortalidade por doença de Chagas no Brasil, fazendo com uma comparação com outras doenças de interesse público. Em seguida, Sarah avaliou a situação em Minas Gerais, nos municípios endêmicos e não endêmicos, a exemplo de Bambuí, considerado pioneiro nos estudos e nas ações de controle e profilaxia da doença.
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Autor: Letícia Orlandi / ASCOM – ESP MG