Municípios da Regional de Alfenas participam de Oficina da SES-MG que busca aumentar a cobertura vacinal em menores de 1 ano

Público presente no auditório da Unifal-MG - Foto: Thayane Viana

Foi realizada em Alfenas, nos dias 11 e 12 de abril, no auditório da UNIFAL – Universidade Federal de Alfenas, a oficina “Estratégias para o aumento da cobertura vacinal em crianças menores de um ano no estado de Minas Gerais: uma pesquisa-ação”.

Foram convidados os gestores municipais de saúde, coordenadores de vigilância em saúde, vigilância epidemiológica, atenção primária e referências de imunização dos 24 municípios que compõem a área de abrangência da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Alfenas, bem como a equipe técnica regional e central da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).

“Antigamente a vacinação era vista como um dia de festa nas famílias, elas se organizavam, tratavam como um momento de alegria e ele é. Precisamos resgatar a valorização deste ato de amor e proteção que traz qualidade de vida para todos, ainda mais hoje onde o acesso é muito mais facilitado. Infelizmente, nós temos observado queda na procura pela vacina e aumento da incidência de surtos, especialmente a partir de 2015. Ainda temos a Pandemia, que fez com que as pessoas perdessem o vínculo com as unidades de saúde e evitassem ir até elas. Nós temos relatos de gestores que alegam que já fizeram de tudo para conscientizar a população pela busca da vacina, usando carro de som, apelo de reforço de lideranças religiosas, mas a população muitas vezes não adere. Por isso, é preciso buscar alternativas para esse convencimento, de acordo com a realidade de cada município”. Explicou Vanessa Maria Rodrigues Coelho, assessora da Superintendência de Vigilância Epidemiológica da SES-MG.

Como o principal foco do encontro é a vacinação, a superintendente da SRS Alfenas, Thaís Helena Prado Araújo, fez um agradecimento especial aos profissionais que atuam nas salas de vacinação dos municípios e no setor de vacinas da Regional. “Quero aproveitar este momento para agradecer a dedicação e o empenho de todos, especialmente os setores de vacina e os diversos segmentos profissionais envolvidos para que a vacina possa chegar aos braços das pessoas. Desde a produção, transporte adequado, distribuição, armazenamento, conscientização, recepção, aplicação, enfim, todos que nos ajudam a prevenir doenças. Nós vimos, especialmente agora com a Pandemia, a importância desse ato de prevenção. A vacina foi fundamental para que a gente fosse retomando normalidades da vida com mais segurança e diminuindo sofrimentos”, destacou.  

A pesquisa de investigação-ação está sendo desenvolvida pela SES-MG em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O objetivo é elaborar estratégias para o aumento da cobertura vacinal em crianças menores de 1 ano de vida no estado de Minas Gerais. O estudo será realizado em todo o estado, com apoio das 28 Superintendências e Gerências Regionais de Saúde e execução das ações nos municípios. O monitoramento e avaliação das ações será realizado pelos Grupos de Análise e Monitoramento da Vacinação (GAMOV Nível Central e Regionais), que vão verificar o impacto do plano de ação nos indicadores de cobertura vacinal das crianças menores de 1 ano. Ao final do projeto o estudo será publicado.

“Nesta oficina nós vamos auxiliar os municípios a elaborarem seus planos de ação e buscarem estratégias para executá-los, de acordo com as suas necessidades, com o objetivo de melhorar a cobertura vacinal, inclusive das doses de reforço, previstas para esta faixa etária. As coberturas vacinais são consideradas baixas quando estão abaixo da meta de cobertura vacinal estipulada pelo Programa Nacional de Imunização (PNI). Neste caso, estamos abordando imunobiológicos como: Pentavalente/Hepatite B, poliomielite, Rotavírus Humano, Pneumococo 10, Meningococo C e febre amarela. […] Doenças imunopreviníveis fazem parte do nosso contexto e se a imunização não for eficaz elas voltam a ser frequentes no nosso dia a dia, com surtos, são riscos reais de saúde pública. A vacina está disponível gratuitamente em todos os municípios, mas as pessoas precisam buscar por elas. Nessas oficinas nós estaremos orientando os municípios e buscando juntos entender os motivos de algumas vezes esses índices não atingirem o desejado, se é por desinformação da população, ausência de registro das aplicações, dificuldades de recursos humanos ou problemas em sistemas, por exemplo”. Concluiu Janaína Fonseca Almeida, coordenadora do GAMOV (Grupo de Análise e Monitoramento da Vacinação)  da SES-MG.

Autor: Thayane Viana

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