Municípios da Regional de Belo Horizonte recebem vacinas da 21ª remessa

Crédito: Leandro Peters Heringer

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) iniciou a distribuição do 21º lote de vacina contra a covid-19.  São 561.750 doses da AstraZeneca e 60.840 doses da Pfizer, totalizando 622.590 imunizantes. Deste quantitativo, 124.424 doses são para os 39 municípios da Unidade Regional de Saúde de Belo Horizonte (URS-BH).

A população total dos municípios da Regional de Belo Horizonte compreende 5.204.080 habitantes. O público-alvo para vacinação contra covid-19, até o momento, é de 2.022.542 pessoas. Segundo dados do Vacinômetro do Governo de Minas (https://coronavirus.saude.mg.gov.br/vacinometro), 1.305.812 moradores da região receberam a primeira dose e 616.154 as duas doses.

Destaca-se que a Comissão Intergestores Bipartite (CIB) deliberou, em 27/5, a inclusão de mais 26 municípios mineiros, sendo 11 sob jurisdição da URS-BH, na lista de municípios aptos a receber a vacina da Pfizer. Dessa forma, 20 municípios que compõem a Regional de Saúde de BH passam a receber o imunizante:

  • Belo Horizonte
  • Betim
  • Brumadinho
  • Caeté
  • Contagem
  • Esmeraldas
  • Ibirité
  • Itabirito
  • Lagoa Santa
  • Mariana
  • Mateus Leme
  • Matozinhos
  • Nova Lima
  • Ouro Preto
  • Pedro Leopoldo
  • Ribeirão das Neves
  • Sabará
  • Santa Luzia
  • São Joaquim de Bicas
  • Vespasiano

A referência técnica de Imunização da SRS Belo Horizonte, Camila Silva de Freitas, destaca o trabalho da Regional, em parceria com os municípios, na maior vacinação da história de Minas Gerais. “Prezamos sempre pela agilidade na distribuição das doses recebidas aos municípios para que as vacinas sejam ofertadas o quanto antes aos usuários”, enfatiza.

“Mesmo com números crescentes da população vacinada, cuidados devem ser tomados até por quem já vacinou: uso de máscara, higienização das mãos, distanciamento social e não aglomerar”, ressalta a coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica da Regional BH, Talita Chamone. “A vacina é muito importante. Estratégica. Contudo, é preciso manter os cuidados básicos que aprendemos durante a pandemia. A pandemia não acabou. É necessário cuidar de nós mesmos e do próximo”.

Critérios para recebimento da vacina Pfizer

O Ministério da Saúde (MS) estabeleceu a logística de distribuição das vacinas da Pfizer levando em conta as suas condições de armazenamento, que possuem particularidades, dos demais insumos adquiridos e distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ao serem enviados aos estados, os imunizantes estarão expostos a temperatura de -20°C. Nas salas de vacinação, onde a refrigeração é de +2 a +8°C, as doses precisam ser aplicadas em até cinco dias contados a partir do início do descongelamento. A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) elencou, além das diretrizes do MS, os seguintes critérios para o município receber este imunizante contra a covid-19: 

– População entre 30.000 e 78.999 habitantes;

– Ter equipe capacitada para a administração da vacina;

– Os municípios deverão estar distantes no máximo 2h30 da capital, por modal aéreo ou rodoviário (veículo refrigerado), para garantir a preservação da temperatura de transporte indicada (-15°C à -25°C) e até 12h entre (2°C à 8°C), observada a estrutura atualmente disponível para logística;

– As unidades de saúde devem comprovar mecanismos de agendamento para vacinação. A lista de usuários indicados à vacinação deve ser de duas vezes o total de vacinas disponibilizadas àquela unidade (lista de espera/contingencial);

– Agendar a vacinação de um total de pessoas compatível com o consumo de 100% das vacinas a serem recebidas, em no máximo quatro dias, a contar da data agendada para o recebimento das vacinas;

– O tempo de validade máximo após abertura do frasco, conservado entre 2°C e 8°C, é de 6h. Os procedimentos devem estar orientados à utilização integral das seis doses (0,3ml) por frasco no período de funcionamento/vacinação;

– Não deve ser realizada a vacinação com Pfizer fora das unidades de saúde, de forma que as condições de preparo e conservação estejam rigorosamente preservadas.

Alteração das condições de conservação

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, na última sexta-feira (28/5), novas condições de conservação e armazenamento para a vacina Comirnaty, produzida pela Pfizer/Wyeth. O novo texto de bula permite que a vacina seja mantida em temperatura controlada entre 2 e 8 graus Celsius por até 31 dias. Antes, a vacina poderia ser mantida nessa temperatura por no máximo cinco dias. Para aprovar as novas condições, a equipe técnica da Anvisa avaliou os estudos de estabilidade apresentados pelo laboratório desenvolvedor da vacina. Esses estudos servem para definir por quanto tempo e em quais condições a vacina mantém suas características sem alteração.

Intervalo entre doses

O intervalo entre a primeira e a segunda dose da vacina Covid-19 da Pfizer/BioNTech de 12 semanas é uma recomendação do MS aos estados e municípios brasileiros. Esse tempo garante efetividade de mais de 80% do imunizante, de acordo com estudos realizados no Reino Unido, Israel e Estados Unidos.

A pesquisa “Extended interval BNT162b2 vaccination enhances peak antibody generation in older people”, conduzida no Reino Unido e publicada na plataforma medRxiv, mostrou que o nível de anticorpos gerados em idosos com mais de 80 anos – 12 semanas após a aplicação da segunda dose – foi três vezes maior do que no intervalo de três semanas, como indicado anteriormente.

Autor: Leandro Peters Heringer

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