Rede Mais Vida oferece assistencia integral ao idoso

Rede Mais Vida oferece assistencia integral ao idoso

Criado pela lei federal 11.433, de 28 de dezembro de 2006, o Dia Nacional do Idoso, celebrado todo dia 1º de outubro de cada ano, pretende levantar questões a respeito da situação do idoso no país, seus direitos e dificuldades. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a população esta cada vez mais velha e estima-se que quase 16% dos brasileiros em 2025 estarão nessa faixa etária. 

Essa mudança no perfil demográfico brasileiro gerou mudanças nas características epidemiológicas do país. Ou seja, hoje, as doenças mais comuns são aquelas ligadas ao envelhecimento, como as crônico-degenerativas.  Com este novo cenário da saúde pública, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) lançou, em 2008, a rede Mais Vida, que tem como objetivo garantir a qualidade de vida do idoso.

“Um problema que pode afetar o idoso, como consequência da evolução das suas enfermidades e estilo de vida, é a perda da capacidade funcional, ou seja, a ausência de suas habilidades físicas e mentais, denominadas atividades da vida diária. Por isso, é necessário um novo direcionamento na abordagem do idoso, ainda centrado na doença, direcionando a pessoa idosa para a funcionalidade e inclusão social”, explica Miraneide Carmo de Souza, referência técnica em saúde do idoso da SES e farmacêutica.

Para isso, o Mais Vida foca na estruturação em rede macrorregional de atenção à saúde da população idosa, por meio de um sistema de interação capaz de proporcionar aumento nos anos de vida dos idosos de Minas e de manter a capacidade funcional e a autonomia deles.Funcionalidade

Segundo a Coordenadoria Estadual de Atenção ao Idoso da SES, de janeiro a julho em 2011, já foram realizados 9.441 atendimentos aos idosos por meio dos Centros Mais Vida (CMV) das Macrorregiões Centro, Norte e Centro I, sendo: 3.789 atendimentos no CMS da Macro Sudeste; 3.653 no CMV da Centro I e  1.999 atendimentos no CMV da Macro Norte, o que representa cerca de 70% dos atendimentos ocorridos durante todo o ano passado (que totalizou 13.703 atendimentos). 

De acordo com a coordenadora de saúde do idoso da SES-MG, Eliana Bandeira, o foco do Mais Vida é a funcionalidade do idoso, e não sua doença. Ela explica que o idoso tem que reconquistar sua independência para as tarefas do cotidiano, apesar de ser portador de alguma doença.  Por isso, o programa foca em garantir a independência funcional do idoso, proporcionando uma melhor qualidade de vida aos idosos mineiros.

Centros Mais Vida

O paciente ao chegar ao Centro Mais Vida (CMV) passa por avaliação realizada por uma equipe multiprofissional (composta por profissionais de diversas áreas, como médicos, fisioterapeutas, terapeuta ocupacionais, enfermeiros, fonoaudiólogos, farmacêuticos, nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais).   Durante este atendimento são realizados diversos exames, em que são observados vários aspectos, como a parte física, psíquica, social, a do humor e dos hábitos alimentares, entre outros. Conforme o laudo médico, o paciente é encaminhado aos demais profissionais que, em parceria com as equipes das Unidades Básicas de Saúde, irão elaborar o plano de cuidados do idoso. 

Os planos de cuidados informam quais os problemas de saúde do idoso, sugerem aos profissionais da atenção primária os tratamentos mais adequados para o paciente e prescrevem a utilização de medicamentos, entre outras recomendações.

Para a farmacêutica, a interação entre os profissionais dos Centros Mais Vida e a equipe de atenção primária à saúde é importante. “Eles são a porta de entrada do idoso, o que torna imprescindível a troca de informações com o Centro Mais Vida, que estabelece mecanismos de referência e contra referência para ações resolutivas sobre a saúde do idoso, por meio de uma equipe multiprofissional. Essa equipe atua como referência na educação continuada dos profissionais da rede, por meio da elaboração de plano de cuidados e ações de educação em saúde do idoso, capacitando os profissionais da atenção primária à saúde”, explica Miraneide. Idosos frágeis

De acordo com a Coordenadoria Estadual de Atenção ao Idoso, pessoas idosas frágeis têm prioridade no atendimento nos Centros Mais Vida. No Mais Vida não são atendidas às demanda espontâneas, ou seja, os pacientes não poderão chegar diretamente ao Centro. Antes, eles deverão passar pelas unidades básicas, centros de saúde ou pelas equipes do Programa Saúde da Família (PSF), que os encaminharão aos CMV, caso necessário.

Para um idoso ser considerado frágil ele deve ter 80 anos ou mais, ou estar acima dos 60 anos e fazer uso de cinco medicamentos diferentes por dia ou ter cinco diagnósticos que indiquem problemas de saúde comuns da terceira idade, como osteoporose, hipertensão, diabetes e depressão. Também são classificados como frágeis, segundo a coordenadoria, os idosos com internações hospitalares freqüentes, com imobilidade total ou parcial, com dificuldades na marcha, com incapacidade cognitiva (delirium, depressão ou demência), além daqueles que sofrem de doenças neurodegenerativas (doença de Parkison ou Alzheimer).  

Metas do programa

Na área da saúde, o estado está dividido em 13 macrorregiões sanitárias e cada Centro Mais Vida funcionará como referência para uma macrorregião. Por enquanto são três centros, mas a meta é que até 2014 todas as macrorregiões de Minas possuam um Centro, atendendo a 100% da população. “As macrorregiões Centro e Sul possuirão dois Centros Mais Vida, devido ao grande número de idosos nesses municípios”, explica a referência técnica em saúde do idoso da SES. O processo de implantação das redes macrorregionais de atenção à saúde do idoso começou com o CMV da Macrorregião Sudeste, em Juiz de Fora. Depois vieram o CMV da macro Norte de Minas, sediado em Montes Claros, e o macro Centro I, com sede em Belo Horizonte

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Autor: Charles Galantini


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