Regional de Alfenas promove capacitação sobre estratificação de risco clínico em parceria com Unifal

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A Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Alfenas promoveu, em parceria com a Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG), capacitação aos 24 municípios sob sua jurisdição com o tema: “Estratificação de risco clínico para o atendimento de pessoas com doenças não transmissíveis”, na quinta-feira (15/7).

“Para que não houvesse comprometimento da assistência, a capacitação foi realizada em dois horários, manhã e tarde, de forma que os profissionais puderam escolher de acordo com a disponibilidade, conforme organização de suas agendas de trabalho. Planejamos para que ela fosse feita em quatro horas e os participantes receberão certificado emitido pela Unifal”, explicou Juliana Aparecida Pacheco Moreira, referência técnica da Atenção Primária à Saúde (APS) da SRS Alfenas.

Foram convidados coordenadores da APS, enfermeiros, médicos das equipes de APS e nutricionistas. Ao todo, a capacitação recebeu 171 inscrições. Foram facilitadoras do encontro: Gabriela Itagiba Aguiar Vieira, especialista em Medicina de Família e Comunidade e docente de Medicina Familiar e Comunitária na graduação em Medicina da UNIFAL-MG, e Fernanda de Carvalho Vidigal, graduada em nutrição e docente da Faculdade de Nutrição da UNIFAL-MG.

“A pandemia nos colocou diante de um grande desafio para a saúde pública, talvez o maior já enfrentado e isso requer ideias inovadoras. As doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes, obesidade e hipertensão são responsáveis por muitas mortes. Por isso, o acompanhamento adequado por parte da Atenção Primária e a adoção de modos de vida mais saudáveis são tão importantes. As mudanças para ofertar o cuidado às pessoas com doenças crônicas, em função dos cuidados necessários de prevenção à covid-19, acabaram gerando alguns afastamentos de usuários do acompanhamento de rotina. O objetivo dessa capacitação é contribuir para restituição do vínculo com a população e da oferta do cuidado. Além disso, precisamos qualificar o atendimento a este público, de forma a alcançar melhores resultados nos indicadores de hipertensão arterial e diabetes do programa Previne Brasil”, argumentou Juliana Moreira.

“Este contexto exige de todos nós muito esforço e a reorganização de processos de trabalho para garantir o atendimento adequado. É preciso ter em mente que os pacientes portadores de algumas doenças crônicas correm duplo risco, o de complicações caso deixem de seguir o tratamento adequado e o de terem maior risco de agravamento caso venham a se contaminar pelo novo coronavírus. Por isso, é ainda mais importante a estratificação de risco clínico”, lembrou a médica Gabriela Vieira.

A capacitação auxiliará no alcance do indicador estabelecido pela Portaria Nº 2994/2020, que instituiu em caráter excepcional e temporário, o incentivo financeiro federal para atenção às pessoas com obesidade, diabetes mellitus ou hipertensão arterial sistêmica no âmbito da Atenção Primária à Saúde, no Sistema Único de Saúde (SUS) , no contexto da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN), decorrente da pandemia do novo coronavírus. O incentivo financeiro de que trata esta Portaria será monitorado por meio da avaliação do aumento do número de atendimentos individuais para as condições avaliadas de obesidade, diabetes mellitus e hipertensão arterial sistêmica registrado no Sistema de Informação em Saúde para Atenção Básica (SISAB).

Os participantes puderam trocar experiências e tirar dúvidas com as professoras da universidade e a referência técnica da Regional. “Uma estratificação de risco bem feita contribui para que possamos melhorar as condições de saúde das pessoas com doenças crônicas, por meio de controle eficaz. Tornando assim o acesso mais fácil e igualitário aos usuários e fortalecendo a rede de apoio. Nesse processo, a busca ativa dos pacientes é muito importante”, exemplificou Ana Maria Villas Boas, coordenadora da APS do município de Guaranésia.

 

 

Autor: Thayane Viana de Carvalho Lenzi

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