A Gerência Regional de Saúde de Januária (GRS), por intermédio da Coordenação de Atenção Primária (CAS), e apoio do Hospital Aroldo Tourinho, realizou no dia 31 de março, quinta-feira, por videoconferência, Roda de Conversa “Como Pensar o Cuidado em Saúde Mental Intrahospitalar” com relatos de experiências vividas no Hospital Aroldo Tourinho por seus profissionais.
A coordenadora da CAS da GRS Januáira, Nayra de Oliveira Duarte, ressaltou que “o relato da experiência pela equipe sobre a implantação e organização estabelecida pela instituição para o cuidado em saúde mental foi de extrema importância para os locais que estão iniciando os serviços”, complementou, “escutar pelo olhar de quem faz, faz toda diferença”.
O encontro propiciou o conhecimento de fluxos, protocolos, rotinas de trabalho e manejo de crise a partir da lógica do cuidado integral e humanizado, por meio dos relatos da equipe multiprofissional da Clínica Psicossocial do Hospital Aroldo Tourinho.
A psicóloga supervisora clínica, Lêda Antunes, informou que o encontro com o hospital Aroldo Tourinho possibilitou a troca de experiências e compartilhamento de conhecimento. “Como supervisora clínica entendo ser de extrema importância para os hospitais que hoje recebem pacientes em sofrimento mental conhecer outro serviço que possui uma longa trajetória no atendimento. Isso nos ajuda a pensar as próprias práticas e estabelecer de forma mais assertiva protocolos e fluxos de atendimento”. Sobre a troca de experiência, o assistente social do Hospital Aroldo Tourinho, Francklin Soares, detalhou que foram apresentados os processos de atendimento no dia a dia da clínica, as funções de cada profissional e a importância do trabalho multiprofissional.
O evento foi destinado às equipes multiprofissionais que atuam em hospitais que possuem leitos em Saúde Mental e demais profissionais da Rede de Atenção Psicossocial, e contou com a participação de 48 pessoas. Esteve presente no evento, Francklin Soares, assistente social do Hospital Aroldo Tourinho; Caio Lopes, psicólogo do Hospital Aroldo Tourinho; Liz Lorena Felix, gerente de enfermagem do Hospital Aroldo Tourinho; Tatiane Horta, enfermeira do Hospital Aroldo Tourinho; Aline Brito, médica da clínica psicossocial do Hospital Aroldo.
Acolhimento em Saúde Mental
O cuidado e tratamento à pessoa que apresenta qualquer grau de sofrimento mental deve ser da melhor forma que não causa ainda mais transtorno ao paciente.
Desta forma, a disponibilização de leitos de saúde mental em hospitais gerais é de extrema importância e reflete o avanço na melhoraria da oferta de serviços à população atendida pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Os leitos de Saúde Mental são leitos de enfermaria habilitados para oferecer suporte aos pacientes de saúde mental. O cuidado a ser disponibilizado deve acontecer nas situações de crise e com critérios clínicos bem definidos, por intermédio do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de referência mais próximo do território, até a estabilização clínica do usuário, respeitando as especificidades de cada caso e singularidade do paciente.
A Rede de Atenção Psicossocial (Raps) é uma rede de serviços regionalizada de base territorial e comunitária, onde a atenção deve ser realizada o mais próximo possível do usuário. É composta pela Atenção Primária à Saúde (APS), Centro de Convivência, Serviços de Urgência e Emergência (Samu e UPA), Centros de Atenção Psicossocial (Caps) em suas diversas modalidades, Atenção Hospitalar (Leitos de Saúde Mental em Hospital Geral), Unidade de Acolhimento Adulto, Unidade de Acolhimento Infantojuvenil e Serviço Residencial Terapêutico (estratégia de desinstucionalização).
Autor: Giuliana Dias