“É extremamente importante estarmos aqui neste momento para falarmos com transparência para a população. Muitas dúvidas têm surgido, nós sabemos disso, mas o mineiro pode ficar tranquilo. Não faltará vacina para nenhum mineiro.” Com esta fala, o governador Romeu Zema abriu a live semanal que a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) promove para responder dúvidas da população. A edição (15/12) teve como tema Os Principais Fatos da Saúde em 2020 e muitas perguntas sobre a vacinação contra a covid-19.
O governador fez questão de ressaltar a necessidade de um processo de imunização conduzido de forma centralizada pela coordenação do Plano Nacional de Imunização, uma vez que por meio dele o Brasil não só já erradicou doenças como poliomielite, mas também oferece vacina gratuita a toda população que queira se vacinar, sem exceção.
À frente da gestão da pandemia, o secretário de Estado de Saúde Carlos Eduardo Amaral dividiu com o governador a apresentação sobre o histórico do desenvolvimento da covid-19 no estado – que teve seu pico de casos na 29ª semana epidemiológica – e também das ações executadas para contingenciar seus efeitos. O foco na gestão de leitos combinado à distribuição de respiradores aos municípios, entrega de equipamentos de proteção individual (EPI) e a implementação do plano Minas Consciente foram considerados, pelo secretário, fundamentais para a condução adequada da pandemia.
Com a expectativa pelo início da imunização em alta, não faltaram perguntas sobre prazos estimados e também sobre a compra de vacinas diversas, uma vez que vários laboratórios estão em processos de certificação no Brasil. Carlos Eduardo Amaral explicou que a SES-MG e o governo de Minas aguardam solicitações de registro de vacinas junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Todo processo de compra e venda de vacinas em território nacional requer autorização da Anvisa. Até o momento, nenhuma empresa desenvolvedora de vacina solicitou pedido de registro no órgão, passo necessário para que a compra e venda possa acontecer”, ressaltou o secretário.
Apesar do protagonismo do tema vacina durante a live, o sistema de modulação do plano Minas Consciente também foi alvo de perguntas da audiência, uma vez que há a possibilidade de gestores municipais adotarem protocolos mais ou menos restritivos, dependendo da análise por macro ou microrregião. “O plano serve como orientação para prefeitos tomarem suas decisões de um modo criterioso e seguro. A competência de abertura ou fechamento das atividades econômicas, exceto aquelas consideradas essenciais, cabe ao gestor público municipal”, explicou o secretário-adjunto Marcelo Cabral.
Tanto Cabral quanto o secretário Carlos Eduardo frisaram a necessidade de manutenção do distanciamento social, mesmo durante as festas de Natal e Ano Novo, uma vez que, apesar da perspectiva animadora da vacina para 2021, a covid-19 está, ainda, em desenvolvimento, demandando cautela.
Autor: Raquel Ayres