Samu do Norte de Minas qualifica técnicos em APH

Samu do Norte de Minas qualifica técnicos em APH

Nesta semana, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu-192) do Norte de Minas conclui a primeira etapa do curso de capacitação em Suporte Básico de Vida. As aulas vão até a próxima sexta-feira.

Realizado pelo Hospital Oswaldo Cruz em parceria com o Ministério da Saúde (MS) e o Governo de Minas, através da Secretaria de Estado da Saúde, o projeto envolve profissionais do Samu de todo o país e tem como objetivo padronizar a linguagem e a conduta no atendimento pré-hospitalar.

O curso teve início em fevereiro de 2010 e contou com a participação de 532 técnicos em Enfermagem e condutores-socorristas que atuam nas 37 bases que compõem o Samu na região. Sob coordenação do Núcleo de Educação Permanente do Samu Macronorte, os participantes foram submetidos a um intenso treinamento para prestar atendimento pré-hospitalar.

“A qualificação profissional é uma prioridade desde o início da organização Rede de Urgências Norte e regionalização do Samu. Por ser um projeto pioneiro, a Rede se tornou vitrine para o país e é uma responsabilidade manter o nível e a qualidade esperados, principalmente pelos cidadãos que contam com o atendimento do Samu. A parceria com o hospital Alemão Oswaldo Cruz tem sido importante na qualificação de nossos profissionais, que trabalham de forma cada vez mais padronizada. A dedicação e o empenho de cada profissional que não mede esforço para participar do curso tem sido um diferencial para que o Samu chegasse ao nível de excelência em que está, atestado inclusive com medalha de ouro em olimpíada nacional”, avalia Warmillon Fonseca Braga, presidente do Cisrun, consórcio intermunicipal de Saúde que gerencia a Rede de Urgências Norte e prefeito de Pirapora.

De acordo com a coordenadora do NEP, Wilhma Castro, nesta semana, os profissionais realizam a última prova do conteúdo teórico e recuperação para os que perderam provas durante o curso. “Estamos muito felizes com o resultado, pois tivemos 100% de aprovação. Devido a algumas dificuldades, especialmente em relação à distância entre os municípios, alguns profissionais não conseguiram fazer todas as provas e nesta reta final estão tendo a oportunidade de recuperar as notas perdidas”, observa a coordenadora.

Wilhma explica que a educação continuada dos profissionais que prestam atendimento de urgência e emergência é preconizada pelo Ministério da Saúde principalmente para promover o nivelamento do serviço. “A parceria com o Hospital Alemão Oswaldo Cruz, que representa os hospitais de excelência a serviço do SUS, viabilizou essa capacitação. Em cada Estado foi selecionada uma unidade de Samu que possui infraestrutura com capacidade para atender às necessidades do projeto. Em Minas Gerais, o Samu Macronorte foi o escolhido”, ressalta Wilhma.

O CURSO

A fase do curso que aborda a teoria e prática em Suporte Básico de Vida foi dividida em 16 módulos, com aulas presenciais e à distância. A carga horária é de 160 horas/aula, período superior ao que é previsto para a disciplina em um curso regular de graduação em Enfermagem. “Além de beneficiar diretamente o serviço prestado pelo Samu, é um curso valioso para nossa formação. Estou tão motivado que às vezes saio do plantão e venho direto para a aula presencial”, observa o técnico em Enfermagem, Farley Pereira Lopes.

O condutor-socorrista Ismar Aguiar, que atua na base de Várzea da Palma, diz que seu desempenho melhorou muito desde que iniciou o curso, especialmente em relação à biossegurança e ao cuidado com a cena. “Antes de trabalhar no Samu eu era um motorista de ambulância que transportava pacientes de uma cidade para outra; hoje tenho a consciência da necessidade de respeitar o direito e o bem-estar do cidadão”, avalia. Já o condutor-socorrista Magno Ezequiel de Oliveira, do município de Monte Azul, diz que o curso abriu sua mente. “Agora entendo o processo de forma mais contextualizada e sei que mesmo como condutor também posso ajudar e muito as pessoas”.

Para a técnica em Enfermagem, Tatiane Pereira de Souza o curso abriu um novo leque de possibilidades. “O curso aborda de forma muito abrangente as urgências pediátricas, minha área preferida. Hoje me sinto muito mais segura no atendimento”.

O técnico em Enfermagem Virgílio Wagner Antunes Pereira atua na assistência e como auxiliar de regulação médica (TARM). Para ele, a educação deve ser continuada e envolver todos os profissionais. “Essa primeira etapa envolveu somente técnicos em Enfermagem e condutores-socorristas e já deu para perceber o impacto no serviço. Quando todos os profissionais passarem pelo curso certamente alçaremos resultados ainda melhores”, avalia.

A próxima etapa do curso abordará Suporte Avançado de Vida e será voltada para médicos e enfermeiros.

O coordenador médico do Samu Macronorte, Enius Freire Versiani, explica que a proposta é que todos os profissionais assistam às mesmas aulas, participem das mesmas dinâmicas, uniformizando a conduta. Segundo Enius Versiani a expectativa é que tão logo o curso seja concluído nas unidades selecionadas as aulas sejam multiplicadas para as outras unidades e para os profissionais dos pronto-atendimentos e pronto-socorros. “A meta é que a conduta no atendimento de urgência e emergência seja única em todos os pontos de atenção fixos e móveis”, planeja.Agência Minas, acesse aqui as notícias do Governo de Minas. Acompanhe também nohttp://www.youtube.com/agenciaminasgerais

Autor: Jerúsia Arruda


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