Aproximadamente 70% da capacidade de serviços hospitalares de Minas Gerais no âmbito do SUS é proveniente do setor filantrópico. Reconhecendo esta importância, o secretário de Estado de Saúde, Antônio Jorge Souza Marques, participou do lançamento da Frente Parlamentar de Apoio às Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas de Minas Gerais. A solenidade ocorreu na tarde da quarta-feira (26/06), no salão nobre da Assembleia Legislativa.
“O Governo de Minas apoia esta iniciativa da Casa Legislativa mineira e a partir da mobilização dos nossos parlamentares poderemos vocalizar as necessidades do setor de saúde em Minas Gerais, sobretudo na questão do financiamento. A tabela do SUS não tem reajustes há quase dez anos e sabemos que ela é a espinha dorsal do sistema. Juntos ainda poderemos unir esforços para buscar recursos adicionais, por exemplo, nas agências de fomento”, declarou o secretário.
Antônio Jorge lembrou que o gasto médio do país em saúde, descontado o desembolso do cidadão, é menor do que a média dos países africanos. “Precisamos adicionar recursos para que possamos melhorar a saúde pública. Não é verdade que o problema seja apenas de gestão. Curiosamente as deficiências de financiamento provocam inovação e criatividade para que possamos gerir o sistema, conforme temos visto em algumas experiências exitosas”.
No que diz respeito ao setor filantrópico, o secretário destacou que a Secretaria de Estado de Saúde (SES) tem buscado ampliar o Programa de Melhoria da Qualidade dos Hospitais do SUS/MG (Pro-Hosp). “Estamos estudando inclusive a inclusão de hospitais que não são gerais, mas possuem esta importância social. Além disso, estamos ampliando os recursos para custeio, para que os nossos hospitais filantrópicos estejam melhores”. 
O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Dinis Pinheiro, ressaltou que o SUS representa uma grande inovação no país, mas que é necessário avançar ainda mais. “Trata-se de uma luta intensa. O Brasil avançou, mas ainda não investe o suficiente em saúde. Em virtude disso, iniciativas como esta frente parlamentar são importantes, para que possamos trabalhar em busca de dias melhores no setor de saúde”.
Já o presidente da Comissão de Saúde da ALMG, deputado Carlos Mosconi, reiterou que a situação de alguns hospitais filantrópicos é grave. “Aqui em Minas Gerais os pacientes tem sido atendidos apesar das dificuldades. O Governo de Minas tem ajudado, na verdade se não houvesse o Pro-Hosp haveria outros hospitais fechados. No entanto é necessário fazer mais e a frente tem este intuito, atuando na luta pelos hospitais filantrópicos”.
O presidente da Federação das Santas Casas de Minas Gerais (Federassantas), Saulo Lara destacou que a frente é importante instrumento para resolução de antigos problemas do setor. “Sobretudo quando nos referimos aos hospitais de menor porte”. Já o provedor da Santa Casa de Belo Horizonte de vice-presidente das Misericórdias do Brasil, Saulo Coelho, ressaltou que a vontade política é essencial para que certos impasses sejam resolvidos. “Acredito que estamos no caminho certo, com a mobilização da Assembleia, independente das bandeiras partidárias para atender às demandas dos filantrópicos”, encerrou.
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Autor: Ramon Jader