Nos dias 1º e 02 de dezembro, a Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP-MG) e a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) promoveram a oficina “Um (re)pensar coletivo da Educação Permanente em Saúde (EPS) em Minas Gerais”, com a participação dos trabalhadores das 28 regionais de saúde de Minas Gerais, do nível central, da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), Fundação Hemominas e ESP-MG, com o objetivo de dialogar, propor e construir alternativas coletivas no âmbito da Educação Permanente em Saúde (EPS) nos territórios, e assim, fortalecer a gestão do Sistema Único de Saúde (SUS).
Dividido em dois dias, o grupo participou de dinâmicas, construção de mapa conceitual contendo problemas, limitações, fragilidades e até potências em torno da “ideia-força” em EPS. De acordo com Fernanda Maciel, integrante do Grupo de EPS da Escola, a atividade possibilitou a todos identificarem rumos que devemos tomar no âmbito da Educação Permanente enquanto da gestão estadual no âmbito do SUS.
Experiências compartilhadas
Maria Isabel Pereira Braz, referência no Controle Social e Educação Permanente da Superintendência Regional de Sete Lagoas, vê a atividade como uma revitalização da política da educação permanente e novas possibilidades. “Compreendendo como uma reconstrução, um espaço de reinventar a EPS, em um momento tão crítico como esse, onde se fala de falta de recursos financeiros para saúde pública, é fundamental empoderar todas nossas lideranças de nosso papel”, disse.
Já para Rita Reis, da superintendência da Regional de Saúde de Patos de Minas, a oficina foi uma surpresa por repensar a EPS com um olhar voltado para o trabalho. “Estamos descobrindo que a EPS não é só uma cartela de cursos, mas sim quando você senta em algum lugar e transforma o ambiente de trabalho em aprendizagem, uma aprendizagem que faz sentido”, apontou.
Edmundo Magalhães Flores, do setor de Gestão de Pessoas da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), que fez parte da coordenação da oficina, destacou a construção em conjunta da EPS pela Secretaria e pela ESP-MG. “É um momento interessante e de expectativas geradas a partir desse encontro, até porque desse primeiro dia que pude perceber, discussões produtivas já estão em curso, percebemos uma série de demandas que as regionais tem, acredito que só assim poderemos construir uma EPS no Estado mais eficaz”, afirmou.
Conexões possíveis
As atividades não se limitaram às salas de aula da Escola. No último dia do encontro os participantes visitaram a exposição “ComCiência”, da artista australiana Patrícia Piccinini, no Centro Cultural do Banco do Brasil, no Circuito Cultural da Praça da Liberdade.
A exposição que utiliza o realismo como linguagem causou sensações diversas como destacou Silvia Mercês, da Regional de Saúde de São João Del Rey. “Fiquei impressionada com a beleza e também com relação à genética, o passado e o futuro. Quando entramos senti uma estranheza, mas conforme passamos pelas salas surgem um sentimento de afeto. O que mais me encanta é a presença forte do feminino, a escultura dos ovários, as flores. A artista conseguiu integrar ainda todos os elementos da natureza com a presença do feminino”, explicou.
Ao final dessa atividade, os participantes debateram sobre a relação entre a exposição e a EPS, como é possível a criação, reinvenção, superação de desconfortos e estranhezas para produzir algo que faz sentido para cada um.
A próxima etapa dessa construção coletiva será o debate das questões levantadas por meio de encontros virtuais programados para o primeiro semestre de 2017.
Confira as fotos da visita à exposição: https://goo.gl/yR8Ron
Autor: Silvia Amâncio