A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (SEDESE-MG), realizou hoje (07/10) mais uma ação do projeto “Só quero ver meu morro feliz”, dessa vez no Vale do Jatobá, regional Barreiro. Os alunos da rede pública de ensino aprenderam a combater à dengue e tiveram a oportunidade, por meio do Dengue Móvel, de trocar latas, pets e pneus por material escolar.
Desde segunda-feira (03/10), a equipe de mobilizadores da SES-MG visitou os principais pontos comerciais e públicos da região convocando a população a participar das ações de combate à dengue. A mobilização teve apoio de lideranças e entidades atuantes no barreiro, como a Associação de Mulheres Empreendedoras da Vila Pinho (AMEVIP).
Para a presidente da AMEVIP, Lúcia Carlini Magnato, o espírito comunitário deve ser acionado para uma mobilização contínua. “Estamos conscientizando as pessoas da região a tomarem as medidas preventivas necessárias para o combate à dengue por meio de nossas redes de relacionamento. Para isso, tentamos mostrar que, afinal, todos estão se ajudando”, explicou.
O resultado desse empenho foi visto na manifestação do público ao trocar objetos inservíveis por material escolar. “Eu avisei a minha mãe e meu pai sobre o Dengue Móvel e, durante a semana, fomos recolhendo várias latinhas e pets. Agora fiquei com vários lápis e borrachas”, contou Camila, 10, aluna do 4º ano da Escola Municipal Aires da Mata Machado. Já o seu colega, Igor, 9, admirou-se com o Dengue Móvel: “Nossa! Com um caminhão desses dá pra recolher todo o lixo do nosso bairro e ninguém vai ficar com dengue”, disse.
O recolhimento dos recicláveis pelos alunos foi acompanhado de perto pela Coordenadora da Escola Integrada, Rosângela Maria Sieiro, que parabenizou o incentivo dado à região na conscientização para o combate à doença e a preservação do meio ambiente. “Acho que ações como essas premiam o esforço que estamos tendo na educação dessas crianças”, afirmou.
Segundo a Coordenadora, as crianças, por serem mais flexíveis à educação, se tornam importantes agentes mobilizadores. “Elas aprendem rápido o que deve e o que não deve ser feito no caso da dengue e, o mais importante, podem cobrar junto aos pais as medidas preventivas necessárias”.Rosângela monitora também as atividades de reciclagem da Escola Integrada, que estimulam os alunos a levarem material reciclável para a escola e transformá-los em objetos de utilidade, artesanato ou brinquedo.
Engajamento
O que para alguns é uma forma de dispensar materiais sem utilidade, para outros é um meio de vida. A catadora de resíduos e coordenadora da Cooperativa Solidária dos Recicladores e Grupos Produtores do Barreiro (Coopersoli), Nely Souza Medeiros, não se conteve ao ver os inservíveis recolhidos. “Isso pra mim é uma satisfação muito grande, porque estamos conseguindo sensibilizar a população quanto à importância de eliminar os focos da dengue e ao mesmo tempo gerando renda para a nossa comunidade”, comentou.
Segundo Ana Maria de Pinho, coordenadora de mobilização do Centro Mineiro de Reciclagem de Resíduos (CMRR), parceiro no evento, ações como o “Só quero ver meu morro feliz” cumprem uma função social dupla: conscientizam a comunidade para a eliminação dos focos de dengue e gera renda para associações como a Coopersoli. “A gestão de resíduos é uma forma muito importante de agregar valor social a uma atividade que sustenta milhares de pessoas. Ao mesmo tempo, estamos mostrando à comunidade o impacto que isso tem na prevenção à dengue”, explicou a coordenadora.
Para o idealizador e coordenador do evento, Cristiano da Silva, o “Cris do morro”, engajamento pelos temas ligados à saúde, em especial a dengue, se encaixam perfeitamente na proposta do evento. “Prezamos muito a participação da SES, nossa parceira, pois a comunidade está percebendo a importância dos assuntos de saúde na vida deles, principalmente quanto à dengue”, enfatizou. “Queremos trazer cultura e felicidade para essas pessoas e, para isso, saúde é fundamental”, completou.
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Autor: Alexandre Ribeiro